4 de set. de 2012

Doctor Who: Review 7x01 - Asylum of the Daleks



“DOCTOR WHO? DOCTOR WHO? DOCTOR WHO? DOCTOR WHO?”
"How much trouble are we? Out of ten? ELEVEN"



Começarei essa review expressando a saudades que eu estava dessa serie. A emoção de ver finalmente essa premiere e os ataques de arrepio e saudade que sentia nas frases de efeito do Doctor e na abertura me fizeram perceber que mesmo que o episodio fosse péssimo, eu ainda assim iria amar! Mas como é de Doctor Who que estamos falando, e não de qualquer serie, o episodio de uma escola de 1 a 10 foi? ELEVEN!

Os Daleks, maiores inimigos do Doctor foram à trama principal do episodio. Uma grande sacada em minha opinião, depois que Moffat assumiu a produção da serie, os Daleks ficaram bem esquecidos. Até esse episodio, não me lembro de ter visto uma conversa genial entre o Doctor do Matt Smith e essas criaturas bizarras e maléficas do mesmo nível que David Tennant sempre tinha. Até eu que nunca fui fã dos Daleks, estava sentindo falta.

Nas primeiras cenas, Doctor, Amy e Rory são individualmente capturados e levados para o “Parlamento dos Daleks”. Toda a cena introdutória foi fantástica! A conversa entre Doctor e seus inimigos trouxeram de Matt Smith o seu melhor.  Depois de todos esperando algum acesso de fúria de “EXTERMINATE” dos milhares de Daleks presentes, descobrimos que eles na verdade queriam  a ajuda de Doctor ou como eles mesmo disseram “O Predador”.  Doctor então é mandado ao “asylum”, onde vivem Daleks defeituosos e sem controle, a fim de desligar a força do lugar para poder ser destruído.

Levante a mão quem riu deles analisando o que eles encontrariam no "asylum" quando Rory fala “qual cor são?”, tirando um belíssimo saro com a própria serie depois da tentativa frustrada do episodio da quinta temporada onde apareceram os Daleks power rangers/gigantes/coloridos/Teletubbies. Ponto pro Rory também falando que a única coisa que o Doctor faz é ir pra um planeta desconhecido e salva-los de algum mal, “não concorde com os daleks quando eu estou sendo jogado em um planeta desconhecido Rory”, sempre no bom humor mesmo quando o momento é de tensão, essa é Doctor Who!


 Amy e Rory (os Ponds) foram um caso a parte nesse episodio. Quem me conhece sabe que eles são um casal que não me chama atenção e some com o fato de que uma das coisas que mais amo nessa fase da serie é a química entre Matt Smith (Doctor) e Karen Gillian (Amy), o que me levou há demorar muito tempo para acostumar com a presença de Rory em todo episodio como um intruso. Partindo disso, sempre achei um tanto quanto desnecessário qualquer tipo de drama entre os Ponds. No episodio aparentemente eles iam se divorciar porque Rory queria ter filhos e Amy depois de seqüestrada da temporada anterior não podia mais engravidar. Achei um tanto dramatizado essa historia toda, a conversa foi meio obvia, não pode engravidar e acabou. Alias, na conversa dos dois a única coisa que conseguia pensar era que teria muito mais sentido se Amy não quisesse ter filhos, afinal ela foi seqüestrada durante a gravidez, a filha foi arrancada de seus braços, depois descobriu que ela já a conhecia, mas com um rosto de 50 anos de idade e casando com o Doctor, surreal!  Mas pra Amy foi tudo ok, sem sentimentalismo e no próximo episodio ela já estava pronta pra próxima viagem sem nem se lamentar do ocorrido. E não foi só a Amy , Rory era o pai e também não teve nenhuma reação. No entanto o foco da serie não é esse, e na época consegui entender, mas esse assunto voltar agora com esse pitada de melo dramaticidade entre os dois nessa premiere faria muito mais sentido a negação por outra gravidez. Porém apesar de minhas ressalvas, consegui achar bonita a reconciliação deles, e até a dancinha do mesmo de felicidade dele por estar voltando pra casa me arrancou um sorriso.

E por falar em Rory, EGGS? REALLLY RORY? Depois que a pessoa morre todo episodio, não sabe o porquê! Estava bem claro o que o Dalek gago/danificado ia falar, certo? Logo pensei que Rory iria morrer mais uma vez pelo EXTERMINATE, o que seria bem legal, já que o personagem ainda não morreu nas “mãos” dos maiores vilões da serie e agora são seus últimos episódios, merece morrer de algo bem legal antes de partir. Mas Rory não teve muito contato com essas criaturinhas, e só ficou sabendo da época dark coloridos deles, então deixarei passar essa.


Deixei por ultimo para falar o que pra mim, foi a maior surpresa do episodio:  Jenna-Louise Coleman! Doctor Who mais uma vez me surpreendendo. Quando Coleman foi confirmada como nova companion do Doctor eu simplesmente virei o nariz. Não gostei dela de cara, estava relutante que Amy (Karen Gillian) iria deixar o Doctor pra sempre, porém decidi  não tirar mais conclusões precipitadas, iria esperar até o sexto episodio/especial de natal, que foi anunciado sua primeira aparição para analisar essa nova personagem. Mas eis que ela aparece, para a minha surpresa, na premiere! Meu queixo caiu! E ela é 
simplesmente PERFEITA! Nem mesmo de Rose, Donna e Amy gostei tão rápido, beleza e simpatia pura.
Mesmo sem contracenar diretamente com o Doctor já ficou claro a química que a atriz tem com Matt Smith. 
As conversas da hacker com ele fluíram perfeitamente bem, até Rory teve seu momento com a nova personagem.

A personagem atende pelo nome de Oswin Oswald ou já apelidada "suflê girl", e em  muitas cenas dão varias dicas que na verdade ela é um Dalek. Doctor perguntando onde ela arruma leite para fazer suflê, como ela consegue mexer em tecnologia Dalek e como ela está presa a mais de um ano enquanto os outros perdidos caíram há apenas dois dias foram pontos altos que sinceramente só liguei os pontos após a descoberta. Estava gostando tanto dela, falando mais rápido que o próprio Doctor e flertando com todos que me desliguei dos detalhes.

Coleman agora volta como Clara no episodio de Natal. Não vou teorizar como ela é Clara, Oswin e um Dalek e como voltará a ver o Doctor, e o mais importante, como ela conversou com o Doctor o episodio inteiro com voz de Dalek e ele não percebeu, prefiro não quebrar a cabeça, pelo menos por enquanto e esperar a surpresa.

E por fim o episodio acaba melhor ainda do que começou. Ao que parece Oswin fez com que todos os Daleks se esquecessem da existência do Doctor, já levando a um ótimo gancho para o final da temporada, com toda essa confusão e loucura que já se criou em apenas um episodio de estréia. Afinal, quando falamos de Doctor Who, não quebrar a cabeça é um privilegio.

Ps: A abertura mudou e vi gente reclamando, eu sinceramente amei! Desde o começo da serie, o visual e a musica dão uma renovada, porém a essência sempre é a mesma, enquanto continuar desse jeito, eu continuo aprovando!