14 de set. de 2012

Glee: Review 4x01 - The New Rachel

     



     Saudações Gleeks! Finalmente a espera acabou! Chegamos ao fatídico dia 13 de setembro e enfim podemos matar a saudade de nossos gleeks favoritos, ou melhor, de quase todos eles, pois o início da quarta temporada de Glee veio com inúmeras modificações não só no elenco como também na história, que não se limita mais ao Glee Club de Ohio como também na grandiosa e conhecida Big Apple: New York!


OBS: O texto a seguir se trata de um REVIEW, ou seja, uma revisão e/ou crítica sobre determinado episódio, ou seja, conterá SPOILERS sobre ele, mas fique tranquilo que não haverá informações sobre os próximos episódios.

"Alright kids, show me what you got! Five, six, seven, eight.. WELCOME TO NYADA!" (em tradução livre: 'Tudo bem garotos, me mostre o que vocês sabem! 5,6,7,8.. BEM VINDOS À NYADA').
É com essa frase da dura, porém bela, professora Cassandra July (Kate Hudson) que se inicia o novo ciclo de Glee e nos é apresentada a NYADA (New York Academy of the Dramatic Arts - Academia de Artes Dramáticas de Nova York), faculdade e destino ao qual Rachel Berry (Lea Michelle) sonha e deseja desde os primeiros capítulos da série onde o que tinhamos à nossa frente era uma talentosa garota do colégio McKinley que achava que aquele não era seu lugar, Rachel tinha um talento acima dos outros alunos do colégio e sua competitividade só a fazia se tornar cada vez melhor para alcançar seu sonho, sendo que os alunos que para ela possuiam 'algum talento' nada mais eram em sua visão do que obstáculos em seu caminho para serem derrubados. Porém durante esses 3 anos que acompanhamos Rachel lutar até alcançar seu sonho, o telespectador teve a chance de assistir como Rachel Berry mudou e deixou de ser aquela velha Rachel egoísta e egocêntrica. E é exatamente essa Rachel com a qual nos deparamos no episódio 4x01: The New Rachel (A nova Rachel).




 
O título do 1º episódio não poderia ter sido escolhido melhor por Ryan Murphy (criador da série), não que pessoalmente eu seja extremamente fã da Rachel, mas a condição em que a série terminou no season finale da 3ª temporada é o que nos leva diretamente para o inicio da quarta, uma nova Rachel, uma nova garota que ressurge de certa forma perdida em uma cidade grande, sem seu namorado Finn (Cory Monteith), sem seu rival-melhor-amigo Kurt Hummel (Chris Colfer) e principalmente sem seus amigos e o ambiente do McKinley, que apesar de hostil, Rachel estava em sua zona de conforto e só tinha que superar a si mesma, diferente de onde está agora pois NYADA tem os melhores dançarinos e professores e é a verdadeira porta de entrada para Broadway sendo que Rachel apesar de talentosa, tem suas fraquezas como a solidão e insegurança pois afinal sempre foi mimada por seus dois pais em Ohio.
Por outro lado, não é apenas esta a 'Nova Rachel' ao que o título se refere, ele também se refere à situação atual dos alunos e integrantes do 'New Directions' do núcleo de Ohio, que se encontram como vitoriosos, celebridades desde que venceram as nacionais e elevados até 'The Edge of glory" como cantaram na competição nacional, porém para se manterem nesse auge eles devem manter o título, porém agora eles não tem a Rachel Berry, assim como também não tem Kurt e os outros alunos que se graduaram e que eram integrantes de peso para o coral, e a partir daí se inicia uma 'disputa interna' para decidir quem seria a 'nova Rachel' do Glee Club.
Com o Glee Club limitado em apenas 7 integrantes se iniciam novos testes para escolher novas vozes para integrar o coral, sendo que o primeiro a entrar diretamente é Wade 'Unique' Adams (Alex Newell), ex-integrante do Vocal Adrenaline que como ele deixou possível e em aberto na temporada passada, mudou de escola e se juntou ao New Directions. Ser bem recebido ele até seria se não fosse essa disputa entre Blaine (Darren Criss), Brittany (Heather Morris) e Tina (Jenna Ushkovitz) para definir quem seria a Nova Rachel e apesar de Wade ser bem-vindo, ele não deixa de ser um problema e um dos concorrentes à nova Rachel. E é nessa competição que se inicia a primeira perfomance da temporada : Call me maybe.
















Enquanto Rachel está em New York e o New Directions com seus próprios problemas, Kurt está em uma espécie de fracasso pessoal, pois além de não ter conseguido ir para NYADA junto com Rachel ele também se encontra trabalhando como garçom na cafeteria local, um prato cheio para a nova e intragável Cheerio, Kitty (Becca Tobin), se Santana (Naya Rivera) e Quinn (Dianna Agron) eram malvadas a ponto de conseguirem o carinho do público, Ryan Murphy fez totalmente o oposto com essa Cheerio que não perde tempo na hora de diminuir alguém, o que ela faz com Kurt ao dizer para ele que 'achava que gays costumavam obter sucesso na vida' ou na tentativa de incomodá-lo como garçom na cafeteria já foi o suficiente para despertar o desagrado, além de que ela agora está servindo como a mais nova mão direita de Sue Sylvester (Jane Lynch), sendo que esta acabou de dar a luz ao seu bebê com síndrome de Down.


A principal mudança de Rachel ao se dar conta que está sozinha é observarmos que antes ela achava que o seu talento seria necessário para chegar ao topo, mas exatamente após deixar todos para trás e chegar em seu objetivo que ela se toca que seu namorado, seus amigos e familia eram a base que a faziam ser tão forte e a guiavam em direção ao seu sonho, em meio a esses pensamentos solitários que Rachel conhece Brody (Dean Geyer) de maneira bem íntima por assim dizer, pois a primeira vez que Rachel (E NÓS 666) vê Brody é exatamente quando ele está saindo do banho e o que se revela é que ele não é só atraente como também talentoso, gostoso, inteligente e aparentemente um cara a quem Rachel possa confiar. E nesse cenário temos também o retorno da MARAVILHOSA professora Carmen Tibideaux (Whoopi Goldberg), que já havia participado da temporada passada como orientadora de Rachel e Kurt e retorna para reprisar seu papel, mas dessa vez como a professora durona, porém mais maleável e que reconhece o talento de Rachel, diferente de Cassandra July que por mais que mais que veja o talento de Rachel faz bem a sua função de infernizar a vida de nossa protagonista e mostra pra ela que ali é Nova York, ali é a selva e não mais Ohio. A melhor forma que ela tem para demonstrar isso a Rachel é com uma magnífica e impecável apresentação de um mash-up de AMERICANO/DANCE AGAIN (LadyGaGa/JLo).






Logo após nos são mostradas as audições para os novos integrantes do New Directions e a situação que nos é mostrada é completamente diferente dos anos anteriores, o New Directions se tornou um clube que subiu dos excluídos para os populares e agora a lista que antes ficava às moscas, se tornou disputada pelos alunos do McKinley, claro que obviamente a maioria dos candidatos é composta por gente sem o mínimo talento vocal, porém 2 se salvam: Marley (Melissa Benoist) que interpreta uma versão maravilhosa de New York State of Mind (Junto com Rachel que interpreta a mesma canção em Nova York para a professora Carmen) e Jake Puckermann (Jacob Artist) o meio-irmão do bom e velho Noah Puckermann (Mark Salling) que apesar de ter uma bela voz ao interpretar 'Never Say Never', também tem o péssimo temperamento do irmão.



























Jake não revela seu sobrenome e tem uma postura inadequada durante sua apresentação, logo é desclassificado e Marley é selecionada para entrar no Glee Club, porém ela tem sérias dúvidas se deve ou não entrar no grupo, o principal ponto que reparei nesse novo ano é que o Glee Club com a vitória das nacionais entrou no status de celebridade e a fama meio que contaminou os integrantes pois agora eles são populares e até mesmo sentam na mesma mesa que os jogadores de futebol e as líderes de torcida, sendo que isso contaminou o pensamento deles de 'igualdade para os demais' e aceitação com o diferente pois o principal alvo de piadas na escola é exatamente a nova cozinheira que é obesa, não apresenta o corpo adequado e a beleza estipulada pela juventude artificial e fatidicamente é mãe da nova integrante Marley, fator esse desconhecido pelos membros do grupo, que com conhecimento ou não faz com que os 'gleeks' tenha a horrível decisão de concordar com as piadas sobre as cozinheiras e até mesmo eles zombarem da pobre mulher apenas com objetivo de se 'incluir' no grupo. Essa é uma das melhores cenas do episódio, pois ali Ryan Murphy quis mostrar que os Gleeks não são aqueles alunos perfeitinhos que cantam canções felizes embaixo do arco-íris e que aceitam tudo e a todos, eles também tem defeitos e erram como qualquer outro jovem, sendo que não só essa senhora que foi vítima disso como também o novo integrante Wade que ao se caracterizar e se travestir como 'Unique' foi alvo de crítica do próprio grupo por acharem inapropriado para o grupo já que agora eles estão entre os populares. Situação essa que muda ao Kurt visitar a escola e lembrá-los de tudo o que já passaram para chegar até onde estão, o Glee Club sempre foi o local dos desajustados, o local onde aqueles que eram desprezados e esquecidos por serem diferentes ou simplesmente porque preferem se aceitar e ser como são encontram amizade e refúgio dessa suposta 'elite' do colégio que define o que é ou não bom.
Ao final do capítulo temos os Gleeks aceitando Unique da maneira que é, se desculpando pelo que comentaram com Marley sobre a cozinheira pois esta perde a vergonha e assume que ela é sua mãe e ao fim todos juntos resolvem bater de frente contra Kitty e os outros jogadores de futebol como o unido Glee Club que luta pela igualdade das diferenças no colégio.

Uma 'nova Rachel' é escolhida e Blaine Anderson é selecionado para ser o novo lider do grupo, mas creio que ele terá que dividir espaço com as nova vozes, Marley e Jake.







Por outro lado, Blaine e Burt incentivam Kurt à ir para Nova York se juntar com Rachel e lutar pelo seu sonho, em mais uma emocionante apresentação de despedida de Blaine com a música 'Its Time' e também mais um dos maravilhosos diálogos de Kurt com seu pai Burt Hummel (Mike O'Malley). Kurt segue para Nova York e lá encontra uma desesperada Rachel que se sente feliz em ver o melhor amigo e o episódio termina com uma performance do New Directions com a nova integrante Marley cantando 'Chasing Pavements' enquanto Jake Puckermann observa ao fundo.

Muito está por vir ainda na série e esta cena final lembrou claramente o final do episódio piloto da série, significa um recomeço, um reinício, logo durante o episódio você que muita coisa mudou e o McKinley não é mais o mesmo e muitos podem ter estranhado e sentir falta dos personagens que já estão acostumados, parece que alguma coisa está faltando, seja uma ofensa da Santana ou a Quinn Fabray desfilando pelo colégio com sua roupa das Cheerios ou o sorriso do grupo todo reunido.
Tudo isso pode parecer muito nostálgico e fazer cada um pensar "Glee acabou, já não é mais o mesmo", pois é, REALMENTE Glee já não é mais o mesmo, a vida é feita de mudanças! Você que está lendo isso não ficou ou não vai ficar a vida inteira no ensino médio, deve-se seguir em frente, crescer e prosperar em sua vida que os mais jovens que ficarão lá no ensino médio estarão lá apenas fazendo o mesmo que você mas em um passo atrás.
Vida nada mais é do que seguir passos adiante, se a vida parar, isso nada mais significa do que a morte ou já que estamos falando de Glee, o fim da série. Se um determinado ator saiu e seguiu adiante é porque ele já fez seu trabalho e seguiu em frente, experimente fazer o mesmo e por mais que este 'recomeço' não seja com o personagem que você tanto gosta tente dar uma chance 'ao novo' ou melhor, ao 'novo passo'.

Agradeço pela leitura e até o próximo review com o 4x02: BRITNEY 2.0.