Por alguns minutos, no começo do episódio, achamos que Norma está em estado de choque. Mas é de Norma Bates que estamos falando: instável, impulsiva e inconsequente. Claro que ela resolve sair correndo atrás de Shelby para falar com ele, com Norman correndo atrás. E nossa reação, vendo toda aquela confusão dentro do carro, é igual a de Emma: olhamos para aquela cena com um sorriso de quem diz: "Que tipo de família louca é essa?"... pois é.
Dylan lida com seu chefe, Gil, ao explicar a ele o que houve no dia anterior com Ethan, achando que vai ser demitido ou pior. Após admitir que atropelou o assassino de Ethan, acaba recebendo instruções de como se livrar da caminhonete que utilizou, ao invés de ser repreendido. No fim, acaba ganhando um subordinado, chamado Remo. Um cara mais velho que não dá impressao de que será companheiro de Dylan como Ethan foi.
Gente, adoro a Emma, mas a urgência dela de querer ir à polícia denunciar o que houve não me faz sentido. Se um delegado está envolvido, sabe mais quem estará junto, então... calma! Mesmo porque ela não sabe que Shelby ainda tem uma prova que pode incriminar Norma: o cinto de Keith.
Dylan aparece e finalmente parece ser parte da família; pode ser por, agora, compartilhar de um ato violento, como seu irmão e sua mãe, ou porque ambos não têm mais para quem recorrer e Dylan, querendo ou não, traz um pouco de razão aos dois, como quando fala que irá ao barco de Keith e manda Norma parar de se arrumar para seduzir Shelby. E ela obedece.
Partindo da idéia de que o cinto também está escondido no barco, os dois irmãos o procuram. No fim, o encontram. Enquanto isso, Norma, esperando a volta de seus filhos, é surpreendida por Shelby, tendo que disfarçar seu nojo e decepção enquanto ele a beija. Vera Farmiga está maravilhosa nessa série, não? A atuação dela é sutil e desesperadora, pois vemos cada detalhe de sua personagem, tanto os que são visíveis quanto os que ela tenta disfarçar. Ninguém melhor do que ela para ser a sra. Bates.
Olha... eu sei que o motel tem vários quartos, mas estava mais do que óbvio que Shelby ia acabar dando de cara com Jiao, a menina que mantinha em cativeiro. Enquanto ele a persegue pela floresta, Dylan e Norman voltam e discutem sobre Norman morar com ele. Norma, obviamente, ao saber da informação, nem liga mais para Shelby e Jiao. Tanto que ele volta da floresta e mantém os três na mira da arma enquanto tenta descobrir o que fazer com a família Bates.
O que acontece de interessante? Norman. Norman vendo Shelby e Norma discutindo, entra em transe e se lembra das discussões dela com o pai, partindo para cima de Shelby. Depois de uma briga e uma troca de tiros, Norman está desmaiado, sendo carregado para fora da casa por Norma. Depois de mais uma troca de tiros, Dylan consegue matar Shelby. E mais um crime ocorre no motel dos Bates. Com a diferença de que, dessa vez, Norma agiu da forma certa: chamou a polícia.
Nesse contexto, Norma diz a Dylan que ele não sabe de toda a verdade. E decide contar o que houve com Sam, pai de Norman. E descobrimos que, no fim, quem o matou foi seu próprio filho, não Norma. E o que mais nos intriga não é a o ato, mas a reação dele. Ele simplesmente está em transe, sendo colocado para dormir por sua mãe; ela arrasta o corpo do marido até o porão e derruba um armário em cima dele para disfarçar o assassinato. E voltamos à primeira cena do piloto, em que Norman acorda de um cochilo e encontra o pai morto.
"O que há de errado com ele?", Dylan pergunta. Norma acredita que foi um incidente isolado e que ele precisa ser protegido da verdade. E oferece a Dylan que ele a ajude ou que pare de atrapalhá-la.
O que tiramos desse episódio? Que Norma pode não ser tão superprotetora à toa; ela age dessa forma porque tem um motivo, que é cuidar para que a natureza assassina de seu filho não se apodere dele. Será que não é tarde demais?
PS.: Cadê-a-Bradley? Ih...