3 de out. de 2012

Doctor Who: Review 7x05 - The Angels Take Manhattan


"Há uma menininha esperando em um jardim. E ela vai esperar por bastante tempo. Então ela precisará de esperança. Vá até ela, conte-lhe uma estória. Peça para ela ser paciente, pois dias inesquecíveis irão chegar. Diga a ela que ela irá ao mar lutar com piratas, que ela se apaixonará por um homem que esperará por ela dois mil anos para mantê-la segura, diga a ela que ela dará esperança ao maior pintor que já viveu e que salvará uma baleia no espaço sideral. Diga a ela que essa é a historia de Amelia Pond. E é assim que ela termina."


Doctor Who acabou sua mid season nesse sábado dia 29 com o encerramento dos personagens Amy e Rory na série. Doctor Who simplesmente conseguiu me fazer ficar com medo, rir, chorar e ficar de boca aberta com tanta genialidade em apenas quarenta minutos.

Nada melhor, para um evento tão importante, acabar com os melhores monstros que essa série já criou, os “weeping angels” dessa vez em Manhattan. Meus amigos sempre dão risada disso, mas eu tenho muito medo dessas estatuas, muito medo mesmo, e já fiquei agoniada com o começo do episódio. Digo que Moffat me fez ter qualquer futura experiência em New York City assustadora, já me vejo andando por lá tentando não piscar de jeito nenhum. Foto turística com a estatua da liberdade? De jeito nenhum.

The Angels Take Manhattan foi o primeiro episodio que explorou bem o mundo dessas criaturas. Em Blink (3x10) os conhecemos pela primeira vez e vimos o que são capazes, porém em sua segunda aparição na quinta temporada, o foco desses monstros foram outro e não chegamos a ver nada sobre as vitimas dessas estatuas. Nesse, vimos de perto, já que Rory foi a vitima, e não apenas uma vez, até baby angels existem. Palmas e mais palmas para a macabra cena de um dos bebes anjos aparece apagando o fósforo de Rory. Doctor Who é literalmente a serie mais sem limites do universo, até a estatua da liberdade é uma Weeping Angel, como ela consegue se mexer na cidade sem ninguém ver é uma questão que nem irei aprofundar afinal não me deu muito tempo de me ligar a isso enquanto meu casal favorito estava partindo.

O episódio contou com a volta de River Song, extremamente necessário, já que ela é filha de Rory e Amy e graças a ela, apesar dos momentos de tensão, o assunto casamento dela com o Doctor proporcionou diversas cenas cômicas.

Doctor odeia “finais”, afinal o final acontece apenas para os outros, e ele tem sempre que se ajustar as mudanças, (quantas vezes não chorei com ele quando alguma companion partia? Saudades Rose e Donna até hoje) então o episódio começa com ele singelamente tirando a ultima pagina do livro que ele está lendo. Preciso falar que nunca iria imaginar que tudo se desenvolveria através desse livro, mas como tudo em Doctor Who tem um propósito, já estava amando toda aquela desenvoltura deles estudando as paginas para saber o que iria acontecer e ao mesmo tempo não podendo se arriscar a ler algo que poderia os matar.

Ótimas cenas dos macabros angels no hotel, me senti assistindo ao um filme de terror.  Fiquei extremamente satisfeita com a mitologia dos weeping angels se abrangendo desse jeito, eles mandando suas vitimas que escaparam para um lugar onde não se poderia sair até a morte foi aterrorizante e brilhante. Quero beijar o Steven Moffat por ter criado isso.

O fato é que sabíamos que Rory e Amy iriam partir para sempre e cada vez que o final se aproximava, mais ficava ansiosa para ver como isso iria acontecer com um misto de saudades que já estava sentindo desde o inicio da temporada, mas dessa vez triplicada.

Amy Pond foi minha primeira companion, já que comecei assistindo da quinta temporada, e estava em negação com a saída dela mesmo sabendo que para a série, a saída de personagens sempre será um mal necessário. Mas é a Amelia Pond, a menina que conheceu o Doctor quando era criança e sonhava com a volta dele e que esperou por mais doze anos por isso. Sem contar que não consigo imaginar alguém com mais química com o atual Doctor que ela, me acostumei com a presença dela e até do Rory, que aprendi a gostar aos poucos e agora sentirei falta tal como sentirei da Amy.

Quando tudo ficou razoavelmente bem nos últimos minutos, já me preparei para o pior, já comecei a imaginar a morte de ambos, ou Amy até virando uma estatua, tudo me passou pela cabeça. Porém Steven Moffat conseguiu fazer um final mais lindo e triste de todos os universos. Fiquei desolada e maravilhada ao mesmo tempo, eles terem vivido juntos até a morte e ao mesmo tempo mostrando o Doctor olhando o tumulo de ambos e sabendo que nunca mais poderia vê-los, comecei a entrar em um looping eterno de lagrimas de felicidade e lagrimas de tristeza. Palmas, gritos e um Oscar para Matt Smith e Karen Gillian, a despedida dos personagens foi simplesmente maravilhoso. impossível não chorar. Sentia o desespero que o Doctor sentiu no episódio todo, não sou fã de finais, afinal, aqui estou eu triste com a saída de uma personagem que estava marcado a mais de um ano. Queria ela para sempre assim como o Doctor a queria viajando para sempre com ele.

No final voltamos ao impasse que a temporada se iniciou e dessa vez foi bem claro: Doctor não pode viajar sozinho. Vimos o tipo de atitude que ele começa a ter e quem sabe tenha mais motivos que veremos futuramente Estou apostando todas que esse será a trama da temporada.

Poderia ficar horas falando sobre esse episódio e o fim dos personagens, mas ao mesmo tempo em que me sobram palavras, penso que todas as cenas já falaram por si só. Rory e Amy tiveram o final mais digno de todos os personagens da série e serão lembrados para sempre. Parecia um filme romântico e dramático hollywoodiano, Doctor correndo no Central Park atrás da ultima pagina do livro da Amy. Uma das cenas mais emocionantes que já vi se deu ao epilogo de Amy, ela nos lembrou de todas as suas aventuras que participamos com ela e Doctor, mas que agora é hora de dar adeus. Mas essa é a historia de Amelia Pond, the girl who waited, e sei que sentirei saudades e vou rever para sempre. Valeu a pena esperar por esse presente de personagem.

Ps: Doctor Who volta agora somente no Natal com a entrada/volta de sua nova companion. Só nos resta esperar e rever episódios antigos enquanto não chega.